Porque não desiste?
Não adianta dizer-me para ter medo da escuridão,
Se é nela que encontro o descanso para meus olhos.
Não adianta dizer para desconfiar das pessoas,
Se mesmo aquela que passa a perna sou Eu brincando comigo mesmo.
Pede para ter paz,
Não existe paz para você!
Pede para ser feliz,
Mas para ti só é possível a infelicidade!
Faz tempo que joguei a paz e a felicidade na sarjeta de um caminho qualquer.
Subi a montanha e me atirei do penhasco,
E continuo caindo, caindo no Agora sem fim.
Você pergunta se vou morrer,
Esquece que morri ao me atirar?
Você pergunta se esta queda tem fim,
Importa? A queda é o fim em si mesmo!
Agora caio... caio...
Olho para baixo e vejo escuridão infinita,
Olho para cima e vejo o céu infinito,
E você desaparece.
Eu desapareço.
A escuridão desaparece.
O céu desaparece.
E esta poesia desaparece...
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