domingo, 4 de abril de 2010

Desaparecendo...

Porque não desiste?

Não adianta dizer-me para ter medo da escuridão,
Se é nela que encontro o descanso para meus olhos.

Não adianta dizer para desconfiar das pessoas,
Se mesmo aquela que passa a perna sou Eu brincando comigo mesmo.

Pede para ter paz,
Não existe paz para você!

Pede para ser feliz,
Mas para ti só é possível a infelicidade!

Faz tempo que joguei a paz e a felicidade na sarjeta de um caminho qualquer.

Subi a montanha e me atirei do penhasco,
E continuo caindo, caindo no Agora sem fim.

Você pergunta se vou morrer,
Esquece que morri ao me atirar?

Você pergunta se esta queda tem fim,
Importa? A queda é o fim em si mesmo!

Agora caio... caio...
Olho para baixo e vejo escuridão infinita,
Olho para cima e vejo o céu infinito,

E você desaparece.
Eu desapareço.
A escuridão desaparece.
O céu desaparece.

E esta poesia desaparece...

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